Joan Ponç (Barcelona, Espanha 1927 - Saint Paul de Vence, França 1984). Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, professor. Inicia a formação artística em 1944, com estudos de desenho e pintura no ateliê de Ramón Rogent (1920 - 1958) e na Academia de Artes Plásticas, aluno de López Obrero. Participa da mostra Tres Pintors y Un Escultor, com Augusto Puig, Pedro Tort (1916-2006) e Francesc Boadella, em 1946, organizada pela Societat Excursionista Els Blaus, de Barcelona. Em setembro de 1947, associa-se ao poeta Joan Brossa, ao filósofo Arnau Puig e aos pintores Antoni Tapiès (1923-2012), Modest Cuixart (1925) e Joan Joseph Tharrats (1918) na revista Dau al Set. Em 1948, conhece Joan Miró (1893-1983) e Salvador Dalí (1904-1989) e tem um álbum de litografias editado por Eric Tormo e João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Com Tapiès e Cuixart participa da exposição Un Aspecto de la Joven Pintura Catalana, em 1949, organizada no Cercle Maillol do Instituto Francês de Barcelona, com apoio da revista Cobalto 49, e texto de João Cabral Melo Neto. Ponç vai para o Brasil em 1953, com carta de recomendação de Miró endereçada a Ciccillo Matarazzo (1898-1977), então responsável pela Bienal Internacional de São Paulo. Nos dez anos vividos em São Paulo dedica-se ao ensino das artes: funda e dirige a Escola de Arte L Espai ("o espaço", em catalão), por onde passam Jeanette Musatti (1944), José Nemirowski, e outros. Das exposições que realiza destacam-se as individuais no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1955 e 1957. O retorno à Espanha, em 1963, é marcado pelo grande reconhecimento internacional de sua obra, como atestam as diversas mostras pela Europa e Estados Unidos, além do grande prêmio de desenho da Bienal Internacional de São Paulo, em 1965. Datam também desse período diversos livros por ele ilustrados. Um de seus últimos trabalhos, feito em 1982, é o teto do aeroporto de Barajas, em Madri.