Milton Rodrigues da Costa nasceu em Niterói - RJ em 1915. Além de pintor foi também desenhista, gravador e ilustrador. Aos catorze anos começou a fazer aulas de desenho e pintura. Na mesma época, Dacosta conheceu o artista Antônio Parreiras e juntos (no ateliê de Parreiras) discutiam luz, sombra, cor. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes até seu fechamento pela Revolução de 1930. Em 1931, juntamente com outros artistas, criou o Núcleo Bernardelli. Em meados da década de 40, Dacosta recebeu o prêmio-viagem no Salão Nacional de Belas Artes e foi para Nova York, onde estudou no Art’s Students League of America e expôs seus trabalhos. Um ano depois, após visitar diversos países da Europa, foi para Paris, onde estudou na Académie de La Grand Chaumière. Retornou ao Brasil em 1947. Abriu um ateliê, que dividia com a pintora Djanira Motta e Silva no Rio de Janeiro. No ano de 1949, Dacosta casou com, a também pintora, Maria Leontina. Da união do casal nasceu, o também artista plástico, Alexandre Dacosta. Durante toda a sua carreira, Milton Dacosta produziu inúmeros painéis (a Companhia Nacional de Navegação Costeira convidou Dacosta para produzir painéis em seus navios de turismo) e participou de diversas exposições no Brasil e na Europa. Aos 15 anos, Dacosta fazia paisagens. Mais tarde, aproximou-se da pintura metafísica do ítalogrego Giorgio de Chirico e, na década de 1950, experimentou o construtivismo. Para surpresa de muitos, voltou ao figurativo, com as Vênus roliças que viriam a ilustrar o livro: Amor Natural, do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.