Hector Julio Paride Carybe, conhecido popularmente e artisticamente como Carybé, nasceu em Buenos Aires e com oito anos veio para o Rio de Janeiro, onde realizou seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, tornando-se pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista. Aos 24 anos, ele atua ao lado do escritor argentino Julio Cortázar e trabalha como desenhista no jornal El Diário. Em função de seu trabalho ele é enviado para Salvador, tornando-se apaixonado pela Bahia e posteriormente se naturaliza brasileiro. Carybé tornou-se conhecido por retratar em suas obras a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas naturais e arquitetônicas da Bahia. Fez importantes ilustrações para livros de escritores famosos, como a capa do livro do escritor baiano Jorge Amado e também do livro Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez. A ilustração do livro Macunaíma, de Mario de Andrade, também foi feita por Carybé. Uma de suas obras mais conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores” na cidade de São Paulo e os murais para o Aeroporto Internacional de Miami.Em 1955 ele obtém o prêmio de melhor desenhista na III Bienal de São Paulo. Suas produções traduzem muito do espírito baiano, revelando o dia-a-dia deste povo, sua cultura popular e seu folclore.