Emiliano Augusto Cavalcanti Albuquerque e Melo nasceu em 1897 no Rio de Janeiro e morreu em 1976 também no Rio. A carreira artística de Di Cavalcanti se iniciou em 1914, quando publicou na Revista FOIN-FON, sua primeira caricatura. Posteriormente, vivendo em São Paulo para onde se mudara com o intuito de estudar Direito, Di Cavalcanti atuou como jornalista no jornal O Estado de São Paulo. Em 1917, portanto aos 20 anos, começa sua produção como pintor e no mesmo ano faz sua primeira exposição individual. Neste período, sua obra já trazia elementos que se contrapunham ao academicismo, juntamente com outros grandes nomes como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Graça Aranha. Di Cavalcanti contava o que via e o que vivia, em sua obra, seja no desenho, na caricatura ou na pintura, o que se pode perceber é o cotidiano das pessoas comuns. A obra de Di Cavalcanti retrata, portanto, o cotidiano da sociedade brasileira de seu tempo, aquilo que seu olhar pôde perceber. Di Cavalcanti foi um dos idealizadores do mais importante evento modernista brasileiro, a Semana de Arte Moderna. Sua participação foi crucial na organização do mesmo e ali expôs 12 pinturas. Em 1923, período em que viveu na França e de onde escrevia para o jornal carioca Correio da Manhã, Di Cavalcanti fez exposições em Bruxelas, Londres, Amsterdã, Berlim e Lisboa. O artista Picasso exerceu forte influência sobre a produção de Di Cavalcanti. Em 1952 Di Cavalcanti faz uma doação de cerca de 500 desenhos seus para o Museu de Arte Moderna de São Paulo.Além de artista Di Cavalcanti foi escritor, jornalista e poeta.